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Novidades, tendências e mitos sobre o mundo dos vinhos

Foi-se a época em que beber vinho era uma exclusividade do inverno ou de consumidores com amplo conhecimento sobre a bebida. Com a popularização do produto, eventos de degustação para públicos diversos e novidades lançadas a todo momento pelas vinícolas, o vinho tornou-se presente no dia a dia de muitos. E agora, em pleno inverno, inevitavelmente, o consumo atrai cada vez mais adeptos.

Um exemplo disto pode ser percebido em eventos como a Confraria do Vinho Itapema, que durante a estação reúne apreciadores da bebida em jantares harmonizados e com explicações sobre os rótulos com a intenção de integrar cada vez mais o consumidor com este universo. De acordo com o diretor de marketing da Decanter e especialista em vinhos, Renato Rita, para o evento o pensamento é sugerir aqueles vinhos possíveis para o dia a dia, nada muito “fora da curva” do gosto da maioria das pessoas, nem do bolso. “Em tempos de crise as pessoas não deixam de tomar vinhos, porém ficam mais atentas ao valor das coisas em geral. Além disso, como a maioria das pessoas são neófitas, é importante apresentar vinhos que agradem facilmente”, destaca.

Para o público brasileiro, algumas tendências são seguidas e disparam no gosto dos consumidores. “Os grandes queridinhos da atualidade, além dos espumantes nacionais, como Lírica e Bossa, são os malbecs argentinos como Las Moras e os carmenéres chilenos como De Martino”, diz Renato. Mas antes de seguir tendências, o especialista orienta: “Sugiro sempre experimentar e aprender por experiência. As pessoas têm tendência a não arriscar, o que é um grande erro no vasto e vivo mundo dos vinhos”, diz.

E seja para os iniciantes ou para os que não abrem mão de uma boa taça de vinho, é sempre bom lembrar alguns benefícios e desmistificar alguns mitos que envolvem a tão apreciada bebida:

Saúde

  • Os tintos, em especial, contém antioxidantes expressivos e são ótimos como anti-estresse.

  • O ideal é consumir não mais do que duas taça no dia a dia, mas levando em consideração o volume corporal de cada um.

Verdade e Mentiras

  • Mais caro é melhor? Quase nunca. Vinhos mais caros, quando não modismos, são mais para experts. Não é raro se jogar dinheiro fora com vinhos mais caros por falta de entendimento ou pelo mesmo não estar no ponto de ser degustado. Claro que há exceções.

  • Vinho sem rolha não tem qualidade? Total inverdade. Hoje a tecnologia de tampas de rosca está muito bem desenvolvida, tendo muitas inclusive micro poros como uma cortiça. Na Austrália e Nova Zelândia, mais de metade dos vinhos já se apresentam sem rolhas. Além do que vinhos para consumo imediato como a maioria dos brancos até podem ser melhores se assim fechados.

  • Quanto mais velho melhor? Digo que vinhos são como pessoas, os bons envelhecem bem e os ruins ficam intragáveis.

  • Taça influencia no sabor? Ela influencia no aroma da bebida

  • Existem temperaturas ideais distintas para a degustação de cada rótulo? Sem dúvida, quanto mais leve o vinho, mais baixa a temperatura, mas nunca estupidamente gelado. Essa palavra estúpido não combina com o mundo dos vinhos. E nunca acima de 18 graus, para os mais potentes.

  • Queijos só com tinto? Muito pelo contrário. Esse mito é dos tempos dos vinhos de mesa, meio docinhos. A maioria dos queijos vai melhor com branco. Com tinto só queijos duros, como o grana padano ou parmesão.

  • Frutos do mar só com brancos? Também não, muito embora a maioria sim. Dizemos que o vinho tem de combinar com a maneira como os pratos são feitos; com seus molhos, por exemplo – quanto mais encorpado for, o vinho acompanha. O problema são os taninos, que não combinam com gosto de mar. Então se não for tânico um tinto pode acompanhar frutos do mar.

Crédito das fotos: Fernando Willadino

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