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Artigo: O que postar nas redes sociais da sua pequena ou média empresa

Dicas práticas para te ajudar a perder o medo e começar a compartilhar conteúdo relevante

Por Davi Paes e Lima *

É bem possível que, antes de contratar os seus serviços, o cliente em potencial dê uma checada nas redes sociais da sua empresa; por isso, mantê-las atualizadas, com uma boa frequência de postagens, e – o mais importante – com conteúdo relevante não é mais uma opção: é obrigação. Além de manter-se atrativo para os seus seguidores, entregando um conteúdo rico, as postagens podem ser aproveitadas para difundir resultados conquistados pela sua equipe.

Se antes precisávamos manter uma aba “portfólio” bem atualizada em nosso site, hoje as redes sociais encurtam esse caminho e acabam por cumprir esse papel – ou pelo menos uma fatia considerável dele.

Vejamos pelo nosso próprio caso: uma assessoria de comunicação, que também atua com produção de conteúdo para mídias digitais. Não seria contraditório uma agência não se comunicar através das suas próprias redes? Você contrataria um fornecedor nesta área ao perceber que seus canais estão parados, sem qualquer conteúdo, há meses? Eu não. Se ela mesma, a empresa, não faz uso desses espaços para entregar conteúdo e vender seu próprio “peixe”, como pretende vender tal serviço para outros?

Como começar

Pergunte a si mesmo: se eu fosse buscar por determinado serviço (o que a sua empresa vende), o que gostaria de encontrar nas redes sociais desta organização? Quais seriam as principais dúvidas de quem busca por esse serviço/produto? Quais conteúdos (temas, formatos...) agregariam para a sua credibilidade no mercado?

É bem comum profissionais deixaram de postar, ficarem adiando escrever algum post ou gravar algum vídeo por conta própria por acharem que o conteúdo precisa ser muito rebuscado, aprofundado e com finalização profissional. Às vezes, o que pode parecer banal e muito simples para nós, para quem desconhece todos os pormenores do serviço que prestamos pode ser uma informação útil.

Voltando ao nosso caso, como exemplo, para nós está mais do que claro todas as atividades na rotina de um assessor de imprensa; o que faz, o que pode entregar ao cliente, como este serviço pode agregar para uma empresa... Mas, para quem não é do ramo, pode ser muito útil saber que hoje uma assessoria também se relaciona com influenciadores digitais, buscando espaços de mídia alternativos à imprensa tradicional, por exemplo.

Portanto, esmiúce ao máximo tudo o que a sua empresa pode entregar, distribuindo esse conteúdo em posts, artigos, enquetes e vídeos, e deixe claro como tais serviços podem somar para os clientes em potencial – compartilhar cases é uma das formas.

Multicanal

Alguns profissionais e empresas têm focado apenas em uma ou no máximo duas redes sociais (com conteúdo quase sempre idênticos postados em ambas), ignorando os usuários e possíveis seguidores (e clientes) presentes nas outras plataformas. Não é porque você não usa determinada rede que ela não seja válida para a sua empresa. Aquela tia que está no Facebook e não está no Instagram pode, sim, vir a ser uma multiplicadora do seu conteúdo, fazendo a sua empresa chegar até um futuro cliente. Aliás, eu particularmente penso o mesmo de alguns influenciadores digitais: a maioria aposta em uma única rede social. Se o Instagram sair hoje do ar vão entrar em pânico, porque não aproveitam outras plataformas para subir seus conteúdos – mas isso já é assunto para um próximo texto.

Há anos e anos ouço falar que o Twitter “morreu”, mas a verdade é que a rede tem um público fiel (bem específico, é verdade) e que registra crescimento a cada ano. Atualmente, o Twitter tem mais de 330 milhões de usuários ativos – um número que não pode ser ignorado.

Mas também não vale sair abrindo conta em todas as redes e depois não dar conta de alimentá-las – o que também costuma acontecer com o blog da empresa. Se vai parar de abastecer alguma rede, melhor tirar o perfil do ar. E, por incrível que pareça, vemos perfis abandonados até mesmo de empresas grandes; além da ausência de conteúdos recentes, os clientes ficam lá falando sozinhos, sem respostas para suas dúvidas e interações.

Mais engajamento Algo que parece bobo e até óbvio, mas que ainda gera dúvidas: a escolha das hashtags corretas. Para escolher quais colocar embaixo de cada post, responda as perguntas: quem sou e qual serviço ofereço?; onde estou? (cidade, estado); qual conteúdo trago nesse post? Isso pode ajudar a levar pessoas que ainda não te seguem ao seu perfil, com a chance de convertê-las em seguidores. No Linkedin, por exemplo, o uso de hashtags ao longo do post, destacando os principais ganchos do seu conteúdo, pode levar a sua informação para mais usuários da rede – inclusive os que ainda não te seguem, mas que já sinalizaram interesse por tal assunto.

Envolver colaboradores da empresa na criação de conteúdos, estimulando que eles escrevam sobre as áreas que dominam, também pode ser uma boa estratégia. Além de humanizar mais os conteúdos – você pode ilustrar os posts com a própria foto do autor do texto –, é uma forma de engajá-los, fazendo eles compartilharem em seus perfis pessoais, contribuindo com a disseminação dos posts para quem ainda não segue a empresa. A dica final é: comece! Perca o medo, deixe de lado o perfeccionismo, delegue tarefas relacionadas aos conteúdos também para a sua equipe e comece com o que você tem em mãos. Se você é melhor com textos, escreva!; se tem afinidade com a câmera, grave!; se gosta de fotografar, aposte nos cliques! É importante sim atentar para as tendências, para o que está funcionando mais no momento, mas melhor do que isso é acreditar no seu feeling.

* Davi Paes e Lima é jornalista, assessor de comunicação, empresário e sócio da Atré Comunicação Personalizada, em Florianópolis (SC). Também é voluntário na Fundação Caslumi, onde é diretor de comunicação.

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