Recordista mundial, Rafael Bridi percorrerá 510 metros de distância a 114 metros do chão, por cima de todo o Vale do Anhangabaú
O lugar de Rafael Bridi é nas alturas. Duas vezes recordista mundial, o atleta de alta performance se prepara para mais um feito histórico: o maior highline urbano das Américas. Na próxima quarta-feira (25), Bridi fará a travessia de 510 metros de distância entre prédios de São Paulo, a 114 metros do chão, por cima de todo o Vale do Anhangabaú. O feito poderá ser acompanhado a partir das 9h, junto ao Viaduto Santa Ifigênia, saindo do Edifício Mirante do Vale, na região histórica de São Paulo. A apresentação faz parte das comemorações pelo aniversário de 469 anos da maior cidade do Brasil. “Já fiz outras travessias em São Paulo, mas esta será ainda mais especial, é uma honra participar apresentando o slackline em meio a cidade junto com meus amigos em uma celebração tão importante”, destaca o atleta, que quebrará o seu próprio recorde. Até agora, o maior highline urbano das Américas foi a travessia de Bridi na reabertura da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, em 5 de janeiro de 2020, quando percorreu 340 metros de distância, a 40 metros de altura até a ponte e 70 até o mar.
Em São Paulo, Bridi percorrerá o caminho entre um prédio e outro equilibrando-se em uma fita de 2,5 cm de largura, feita de um material híbrido entre poliéster e nylon. Todo o processo será acompanhado por uma equipe de profissionais, sob rigorosos critérios de segurança, seguindo técnicas certificadas pela Associação Internacional de Slackline (ISA, na sigla em inglês). A travessia ocorre em parceria com a Prefeitura de São Paulo, Secretaria de Turismo e Secretaria de Esportes. Além de Bridi, seus amigos e grandes atletas, como Erika Sedlacek, recordista de highline e com experiência nacional, e Matheus Vidal, atleta de highline mais rápido do mundo, também participarão deste momento.
Atleta profissional de slackline, empresário, produtor e diretor fotográfico, palestrante e consultor, Bridi tem uma longa trajetória ligada ao turismo e a esportes radicais. O catarinense, nascido em Florianópolis, começou a praticar slackline em 2010, partiu para o highline em 2013 e já estampou seu nome duas vezes no Guiness Book, uma em 2020 e a outra em 2021. A primeira foi a maior travessia de highline, 261 metros, dentro de um vulcão ativo no Mundo, no Monte Yasur, na ilha de Tanna, em Vanuatu. A segunda vez foi na cidade de Praia Grande, na serra de Santa Catarina, com o highline mais alto do mundo em relação ao solo. Bridi fez a travessia entre dois balões no ar, a 1.901 metros do chão. O feito deu origem ao curta-metragem Walking on Clouds, que foi finalista do Banff Mountain Film Festival 2022, o maior evento de filmes de montanhismo e esportes radicais do mundo, realizado em outubro do ano passado no Canadá. “Juntar o esporte com a arte é uma experiência maravilhosa que estou vivendo. Se equilibrar, é uma bela metáfora do viver, alcançar objetivos e concretizar sonhos. Para atingir essas metas, há sempre muita organização, planejamento, cautela e atenção” , ressalta o atleta.
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