Coletivos podem indicar as praias candidatas para receber o título de Reserva Nacional de Surf até o dia 30 de julho.
Você já pensou o quão incrível seria ter espaços propostos pelas comunidades locais destinados à valorização e conservação de ecossistemas de surf? Pois neste Dia Internacional do Surf, 15 de junho, o Instituto APRENDER Ecologia, organização com 24 anos de atuação na zona costeira do Brasil, propõe uma iniciativa inspirada no National Surfing Reserves, da Austrália, e no Programa Mundial de Reservas de Surf, coordenado pela Save the Waves Coalition, para que coletivos locais candidatem suas praias para receber o título de Reserva Nacional de Surf. As inscrições podem ser feitas de 15 de junho a 30 de julho de 2024, por meio do site https://reservasdesurf.org.br/.
A chamada tem como objetivo principal impulsionar o desenvolvimento sustentável, fomentando a cultura do surf em locais específicos da costa brasileira. “O grande diferencial da proposta do Programa Brasileiro de Reservas de Surf (PBRS) em relação aos programas internacionais é o apoio contínuo através de capacitações, monitoramento e da disponibilização, quando possível, de recursos para apoiar as atividades nas reservas. Além disso, pretendemos dar oportunidade para que mais praias possam ser designadas como Reservas de Surf”, destaca Fabricio Almeida, presidente do Instituto APRENDER Ecologia.
O Programa Mundial de Reservas de Surf, que já designou 12 Reservas Mundiais de Surf desde a sua criação em 2005, abre uma chamada pública por ano e as praias brasileiras precisam concorrer com ‘picos’ internacionais pelo título. A Guarda do Embaú, em Santa Catarina, é um dos exemplos mais bem sucedidos de Reserva Mundial de Surf, onde desde a designação foram desenvolvidas várias ações, como um programa de monitoramento da qualidade da água aliado à educação ambiental. Outros exemplos são Ericeira, em Portugal; Gold Coast, na Austrália; e Punta Lobos, no Chile.
Nesta estreia do processo nacional, as candidatas serão avaliadas em pontos como qualidade, consistência e relevância das ondas; características sócio ecológicas do ecossistema de surf; cultura, história e desenvolvimento do surf no local; e engajamento comunitário, capacidade de governança e sustentabilidade da Reserva de Surf, por meio do Comitê de Gestão Local.
Vale destacar que o PBRS visa a aplicação de um modelo de gestão de impacto positivo, com base na abordagem ecossistêmica, que enfatiza a proposição de soluções baseadas na natureza de forma integrada, descentralizada, participativa, adaptativa e regenerativa. A iniciativa contribui para o avanço de agendas sociais, econômicas e ambientais locais e globais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.Saiba mais em www.reservasdesurf.org.br
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