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Artista lança marca autoral que mistura alto design e marcenaria

PNDA nasce ancorada em um urso panda colecionável e todo produzido em madeira. Loja própria já está aberta ao público no PZ Ecomall, em Balneário Camboriú.


Um dos jovens artistas catarinenses mais promissores no mercado da arte, Cainã Gartner lança-se em marca de produtos autorais. O PNDA nasce dentro de um conceito já adotado no trabalho do artista: de unir o conhecimento familiar da carpintaria – ele é a quarta geração no ofício, com uma atualização contemporânea da transformação da madeira. A marca é construída a partir de um elemento afetivo, um enfeite esculpido no formato de um urso panda que ganhava destaque no topo da árvore de Natal da família. Agora, o boneco é resgatado por Cainã numa versão atual, de Toy Art, ganhando status de arte e design, para ser colecionado.



O objeto, ícone da marca PNDA, será produzido em madeira certificada em processo artesanal e traz consigo a mensagem da necessidade do retorno à sensibilidade, à consciência e ao pensamento crítico da perda da essência humana. “É uma releitura da história da minha família e uma homenagem também ao ofício. Meu avô há 30 anos produzia esses enfeites de Natal, entre ursinhos, anjinhos, Papai Noel, e vendia para outros estados. Há alguns anos, mexendo nas coisas de família, achei uma caixa com os objetos, que tinha, inclusive, sobrevivido à enchente de 1983 na região de Gaspar”, conta o artista.

O PNDA abriu uma loja própria no PZ Ecomall, espaço gastronômico sustentável em Balneário Camboriú, em um espaço que contempla ainda um projeto de expansão para outras peças, entre roupas, souvenirs e exposição dos futuros projetos do artista.


O artista - Cainã tem 30 anos e uma trajetória impressionante. Aprendeu ainda criança, na marcenaria da família em Gaspar, no interior de Santa Catarina, a mexer com as ferramentas para tornear a madeira. O avô fez parte da criação da rede Imaginarium, compartilhando o ofício com o filho e o neto, e dos 14 aos 16 anos, Cainã desenhou peças para a marca. Aos 22 anos, com networking no ramo da moda, começou a atender empresas como Dudalina, John John, Beagle e Cavalera, criando displays em madeira para sinalizar as grifes nas lojas.

No boom das barber shops no país, lançou um pente de madeira para barbas e chegou a produzir e comercializar 2.000 peças ao mês, conquistando assim a atenção do mercado e, a partir daí, começou a receber pedidos especiais vindos dos clientes. Da carpintaria tradicional, seu trabalho atingiu outro patamar, quando agregou também o talento do escultor voltado ao mercado de obras de luxo.


Parceria com grandes marcas

Hoje, Cainã é aquele que cria formas impensáveis na madeira bruta. Na sua pesquisa, no lugar de tintas, usa o fogo para carbonizar as peças e produzir diferentes tonalidades, e une ainda materiais nobres, como o ouro. Ganhou destaque nacional e internacional quando fez reproduções exclusivas do capacete modelo Ayrton Senna 1993, esculpido em bloco de madeira único, com acabamento em ouro e marcações com fogo. Numa edição limitada, com o instituto do maior piloto brasileiro na Fórmula 1, foram 25 peças numeradas. “O capacete 00, o primeiro que eu fiz, está na sala da mãe do Senna, ao lado do capacete original dele”, conta Cainã.

Também criou uma versão especial de uma raquete e bola de tênis em comemoração para comemorar os cem títulos de Roger Federer, o tenista recordista em grand slam.

Outra fase que surpreende é a Blood of Aurum, uma série de esculturas que reproduzem com fidelidade o coração, o pulmão, o cérebro, ou seja, os órgãos vitais, com detalhes em ouro.


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