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Instituto APRENDER Ecologia apresenta Programa Brasileiro de Reservas de Surf na SP Climate Week 2025

  • Atré Comunicação
  • há 1 dia
  • 4 min de leitura

Evento no AYA Hub destacou o papel das comunidades costeiras e da cultura do surf na conservação marinha e no enfrentamento da crise climática

Com o objetivo de colocar o oceano no centro das soluções climáticas, o Instituto APRENDER Ecologia apresentou, no dia 6 de agosto, o Programa Brasileiro de Reservas de Surf (PBRS), durante evento na SP Climate Week 2025, realizado no AYA Hub, em São Paulo. A iniciativa reuniu representantes de organizações socioambientais, pesquisadores, lideranças comunitárias e representantes do poder público para dialogar sobre estratégias de proteção marinha integradas ao território, à cultura e à governança comunitária.

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Na ocasião, foram exibidos minidocumentários sobre as Reservas Nacionais de Surf Itamambuca (SP) e Francês (AL), que integram o PBRS – uma iniciativa do Instituto APRENDER em parceria estratégica com a Conservação Internacional (CI-Brasil) . O programa reconhece e valoriza picos de surfe como ativos socioambientais e instrumentos de conservação, reunindo ciência, cultura oceânica e participação social.

“A criação de uma Reserva de Surf não é apenas sobre proteger boas ondas. É sobre cuidar de um território vivo, onde comunidades, biodiversidade e cultura estão profundamente conectadas. Estamos construindo um programa de base comunitária, enraizada no pertencimento e na corresponsabilidade que fortalece a implementação de políticas públicas”, destacou Fernanda Muller, diretora do Instituto APRENDER Ecologia.


Durante o painel “Oceano em Movimento: Clima, Comunidade e Conservação”, Nátali Piccolo, diretora do Programa Marinho Costeiro da CI-Brasil, reforçou a necessidade de integrar o conceito de carbono azul e os serviços ecossistêmicos à agenda climática nacional. “Não há futuro climático possível sem o oceano. Os ecossistemas costeiros são aliados estratégicos na regulação do clima, e precisamos ampliar o reconhecimento da sua importância nas decisões políticas e econômicas”, destacou.


Ana Paula Prates, diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente, participou do evento e falou sobre o compromisso do governo federal com a pauta marinha. “O Brasil tem um papel de liderança global a cumprir na agenda oceânica. A valorização de iniciativas locais como as Reservas de Surf mostra como a política pública pode nascer no território, com base no conhecimento tradicional, científico e na força das comunidades”, disse Ana Paula. 


Ao apresentar oficialmente o Programa Brasileiro de Reservas de Surf, o diretor executivo do Instituto APRENDER e coordenador de impacto do PBRS, Diego Alvarez, pontuou que o Programa une duas potências brasileiras: a biodiversidade e o surf. “O Brasil é uma potência global do surf. Dos últimos 10 títulos mundiais da WSL, sete foram vencidos por brasileiros. Temos uma comunidade de cerca de 50 milhões de surfistas no mundo, e entre 5 a 7 milhões só no Brasil. É um esporte que mobiliza pessoas, movimenta economias costeiras e tem um enorme potencial de engajamento para a conservação”. 


Diego também destacou o papel do surf dentro da economia azul: “O mercado global de turismo ligado ao surf movimenta cerca de 65 bilhões de dólares por ano. O surf é, portanto, um fenômeno econômico e cultural que ainda é pouco reconhecido como parte importante da economia azul”, finaliza Diego. 

O evento também contou com o painel “Guardiões do Oceano: a força das organizações da proteção marinha”, com Nathalie Gil, diretora executiva da Sea Shepherd, e Alexandre Moreno, diretor de Comunicação da Voice of the Oceans. 


A participação do Programa Brasileiro de Reservas de Surf na SP Climate Week reforça a missão do Instituto APRENDER Ecologia de articular ciência, cultura e participação social em prol da saúde dos oceanos e da resiliência dos territórios costeiros. 


Essa ação faz parte do projeto Ondas da Conservação, uma iniciativa voltada a aprimorar e fortalecer a gestão e o manejo eficaz de ecossistemas marinhos e costeiros no Brasil. Por meio da criação e consolidação de Reservas de Surf como abordagens de conservação, engajamento comunitário e valorização da cultura do surf, o projeto é implementado pelo Instituto Aprender Ecologia, em parceria com a Conservação Internacional (CI-Brasil). A iniciativa contribui para o fortalecimento e a expansão do Programa Brasileiro de Reservas de Surf.

Assista à gravação do evento neste link


Sobre o Programa Brasileiro de Reservas de SurfDesenvolvido pelo Instituto APRENDER Ecologia, em parceria estratégica com a Conservação Internacional (CI-Brasil), o PBRS busca ampliar a conservação marinha no Brasil por meio da criação e consolidação de Reservas de Surf. Planejado e desenvolvido a partir de uma visão sistêmica para influenciar nos contextos político, social, econômico e ambiental, o projeto realiza mutirões de limpeza, restauração da vegetação costeira, oficinas com comunidades e lideranças locais, além de projetos de educação ambiental e valorização da cultura do surf. Em 2025, quatro praias brasileiras receberam o título de Reservas de Surf: Itamambuca (SP), Francês (AL), Moçambique (SC) e Regência (ES). 


Sobre o Instituto APRENDER EcologiaFundado em 2000, o Instituto APRENDER Ecologia é uma associação civil com sede em Florianópolis (SC), que atua em redes colaborativas e está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Entre seus projetos estão o Programa Brasileiro de Reservas de Surf, Barco Escola Aprender com a Natureza, Coalizão Rio Vermelho, Ecologia e Política em Debate, e Monitoramento da Vida Silvestre.


Sobre a São Paulo Climate Week

A Semana do Clima de São Paulo (SPCW, no acrônimo em inglês) é um movimento colaborativo do Sul Global que reúne organizações, redes e lideranças para transformar as cidades frente à crise climática. Mais do que um evento, é uma plataforma que conecta agentes de mudança, impulsiona projetos de impacto e posiciona o Brasil como referência em inovação climática. De 2 a 8 de agosto de 2025, diversas ações ocorrem simultaneamente em diversos locais. Como um dos organizadores principais, o AYA Hub convida organizações de todo o país a participarem, promovendo temas como justiça climática, biodiversidade e transição energética, com o objetivo de dar visibilidade, fortalecer iniciativas e atrair novos recursos.



Fotos: Wanderson da Silva

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