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Rafael Bridi cruza highline a 1.008 metros sobre o Salto Ángel e firma novo recorde mundial

  • Atré Comunicação
  • há 3 horas
  • 3 min de leitura

A travessia de 148 metros, instalada no topo do Auyán-Tepui após uma expedição de seis dias pela selva venezuelana, marca o retorno do atleta brasileiro a projetos extremos e é o highline mais alto da história feito sobre uma cachoeira


O atleta brasileiro de highline e recordista mundial, Rafael Bridi, acaba de realizar um dos projetos mais ousados e esteticamente impressionantes de sua trajetória: a travessia de um highline instalado a 1.008 metros acima do solo, diretamente sobre o Salto Ángel, a maior cachoeira do planeta. A linha de 148 metros, batizada de Amanöm, palavra do povo indígena Pemón que significa “a mais bonita”, foi instalada no topo do Auyán-Tepui após uma expedição de seis dias pela selva venezuelana. A travessia pode se tornar um novo recorde mundial na categoria de highline mais alto já realizado em uma cachoeira.


O projeto vem sendo planejado por Bridi há quase dez anos. O Salto Ángel, ou Körepakupai Wena, em seu nome original, sempre ocupou um lugar especial em sua busca por locais extremos e formações geológicas únicas. Segundo o atleta, a escolha pelo destino foi natural, apesar dos enormes desafios de acesso, burocracia e logística. “O Salto Ángel fica no coração dos Tepuis e reúne tudo o que eu busco há anos: ancestralidade, isolamento, rochas entre as mais antigas do mundo e uma história forte ligada ao equilibrismo. Escolher esse lugar foi fácil. Difícil mesmo foi chegar lá.”


A expedição reuniu um grupo internacional de highliners e montanhistas, com forte participação de atletas alemães que tiveram papel decisivo na concepção e na execução do projeto. Ao lado de Rafael Bridi, integraram a equipe Lukas Irmler, Jens Decke, Karl Schrader, Valentin Rapp e Antonia Rüede-Passul. Durante seis dias de trekking, foram mais de 85 quilômetros percorridos em meio a florestas densas, pântanos, labirintos rochosos e a um clima imprevisível. Todo o equipamento foi transportado nas mochilas, com o apoio fundamental de guias locais e carregadores do povo Pemón, que fizeram parte ativa da expedição, contribuindo para a navegação, a logística e as decisões em campo. A instalação da linha exigiu precisão técnica e coragem, com pontos de ancoragem remotos, aproximações expostas e longos deslocamentos pelo topo do Tepui. O objetivo era ousado: não apenas repetir as travessias históricas realizadas ali em 1988 e 2015, mas criar uma linha mais exposta, mais longa e com maior altura vertical.


A travessia e o retorno aos grandes desafios

A travessia, realizada entre 21 e 23 de outubro, marcou o retorno de Bridi aos projetos de alto impacto e às tentativas de recorde mundial. Ele descreve a experiência como transformadora. “Este highline representa a retomada de um sonho antigo e uma nova fase da minha relação com o esporte. Passei catorze dias imerso em um ambiente selvagem, com um grupo de amigos que compartilha o mesmo espírito de exploração. A cada dia o cenário mudava completamente. Tínhamos cinco arco-íris por dia, momentos de céu completamente fechado, depois, uma abertura total. Tudo pulsava ao nosso redor.”


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Bridi também destaca o caráter emocional e técnico do projeto. “Sempre existe aquela apreensão silenciosa antes de entrar na linha. Você se pergunta se os equipamentos escolhidos são os ideais, se aquilo que planejou por tantos anos vai realmente acontecer quando pisa no local. E quando atravessamos a linha a 1.008 metros de altura, tudo fez sentido. Finalmente encontrei a resposta para a pergunta que mais ouvi na vida: qual é a travessia mais bonita que já realizei. Essa linha reúne tudo o que me move: exposição extrema, uma paisagem que toca a alma e uma jornada selvagem até chegar lá.”


O projeto também marca o início da produção de um documentário que apresentará os bastidores da expedição com ângulos inéditos da cachoeira, as decisões técnicas, a cultura local e o impacto emocional vivido por cada membro da equipe.


Com este novo feito, Rafael Bridi se consolida como um dos grandes nomes do equilibrismo extremo mundial e como uma referência incontornável no cenário brasileiro de explorações, montanhismo e esportes de aventura. Detentor de recordes históricos, o atleta segue ampliando as fronteiras do highline ao unir ousadia, pesquisa, inovação e uma relação profunda com a natureza e com as comunidades que encontra pelo caminho, transformando cada travessia em um marco para o esporte.

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